“Tinha que ser ele?” e sua comédia escatológica

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tinha-que-ser-elePode anotar aí que eu sou fã de James Franco – dele e toda a galera de Freaks and Geeks, incluindo Judd Apatow. Também sou fã de Bryan Cranston, o Mr. White, de Breaking Bad. Se os dois estão juntos numa comédia, certamente eu precisaria assisti-la.

A convite do grupo Centerplex, conferi a cabine de imprensa do filme “Tinha que ser ele?” (Why him?) no shopping Via Sul (a rede tem salas ainda no Grand Shopping, em Messejana, no North Shopping Maracanaú e próximo mês inaugura em Maranguape) esta semana e, bem, foi divertido.

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A história se baseia naquela velha luta entre pai tradicional da namorada e namorado excêntrico/sem noção. A mocinha é brilhante, meiga e a filhinha do coração, então, pro pai, nenhum cara do mundo é digno de estar com ela. Em “Tinha que ser ele?”, a premissa ganha contornos atuais com o pai Ned sendo dono de uma gráfica prestes a falir e o namorado Laird sendo um jovem multimilionário da internet que vive em uma megacasa tecnológica e totalmente livre de papel – nem mesmo os higiênicos são utilizados.

Stephanie convida os pais e o irmão adolescente para passar o Natal com ela, na casa de Laird, onde há estátuas e quadros de animais fazendo sexo em toda parte. O milionário não tem filtro: é uma metralhadora de palavrões, comenta intimidades sobre a menina com o pai dela e é irritantemente ingênuo e egocêntrico. Como é James Franco, parece estar chapado o filme inteiro.

WHY HIM

O filme é cheio de participações especiais e tem uma surpresa no final que me deixou com sentimentos mistos: genial ou cafuçu? Engraçado ou embaraçoso? Na verdade, toda a comédia do filme é assim, com risos constrangidos – mas nada como The Office, por exemplo, o humor é mesmo rasteiro e escatológico.

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Bryan Craston, quase sempre maravilhoso, parece somente repetir o papel que tem em “How I Met Your Mother” (ele trabalha com o Ted) de chefe chato e dono da verdade. Excelente como vilão ou em papéis dramáticos como o que tem em um episódio incrível de Arquivo X (ele ouve um zumbido doido na cabeça que só passa quando ele se desloca pro oeste – aí são 45 minutos de Mulder cruzando os Estados Unidos de carro a toda velocidade com Cranston no banco de trás enquanto Scully tenta descobrir origem e cura), o ator patinou na comédia.

Talvez não seja culpa dele. O roteiro e a direção são de John Hamburg, que parece adorar  temática, pois também assina os “Entrando Numa Fria”. No currículo, tem também as comédias “Quero Ficar com Polly” e “Eu te Amo, Cara” (esta última com os meus queridos Paul Rudd, Rashida Jones, Andy Samberg e Jason Segel).

Se esse é o seu tipo de filme, vá sem medo ao cinema. O filme estreia hoje em todo o Brasil.

P.S.:Ah! Por falar em Andy Samberg, tem na Netflix um seriado com a mesma premissa com ele: Cuckoo. Samberg só está na primeira temporada, mas ela é muito, muito boa, com um personagem bem parecido com o de Franco, só que hippie. Vale a pena ver!

P.P.S.: Outra dica de programa pra ver depois na Netflix é o Roast of James Franco, com os amigos dele que fazem comédia e stand-up improvisando piadas pra tirar onda com ele. Que programa louco, né? Uma pessoa vai lá pra ser zoada, hehe.

P.P.P.S.: Mais uma dica de seriado é Brooklyn 99, de novo, com Andy Samberg. É uma mistura excelente de The Office com Law & Order.

Alinne Rodrigues

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